A comunidade pode fazer um IFSP melhor


Diagnóstico sobre atuação da Pró-Reitoria de Ensino do IFSP

22/09/2020 14:29

Olá, eu sou o professor Luciano Silva, candidato a Reitor do Instituto Federal de São Paulo.

Em outro momento, falei sobre a falta de um projeto para o Instituto. Hoje, eu quero chamar a atenção sobre o que a falta de um projeto causou.

Neste vídeo (assista ao vídeo abaixo), eu farei um breve diagnóstico sobre atuação da Pró-reitora de ensino.

Primeiro, eu ressalto que a alta qualidade dos nossos cursos - comprovada pelo IDEB, ENEM e ENADE - não depende tanto das ações da Reitoria. A qualidade está diretamente ligada ao nível dos nossos professores e dos nossos técnico-administrativos que são Servidores Públicos concursados.

Depois, é importante lembrar que o Pró-reitor está há muito tempo na Pró-Reitoria - são quase onze anos. Ele veio da equipe da gestão que acabou em 2012.

Bem, a principal característica do ensino foi a falta de uma política clara. No início da atual gestão, a Pró-reitoria de Ensino fez a opção de turbinar cursos de formação profissional de curta duração.

Depois, em 2015, foi a vez de promover a abertura em massa de cursos técnicos integrados ao ensino médio e as engenharias. Esses cursos foram abertos sem a necessária manifestação da comunidade.

O resultado disso foi que muitos campi abriram cursos sem o planejamento necessário. e, hoje, temos – por exemplo – professores sobrecarregados ou sem tempo de desenvolver pesquisa e extensão.

Outra característica dessa gestão, foi a falta de articulação entre as Pró-Reitorias. Esse foi o caso da curricularização da extensão, em que a Pró-Reitoria de Extensão pedia uma coisa e a Pró-reitoria de Ensino não apresentava um caminho para isso.

E, durante esses dozes anos, quase nada se viu de inovador em relação ao ensino no Instituto. Muito pelo contrário, o que vem sendo exigido é cada mais um modelo já ultrapassado.

Nos últimos tempos, a principal ação do Pró-reitoria de Ensino foi a proposta de criação do “currículo de referência” - que é uma tentativa de se colocar os cursos abertos anteriormente dentro de caixinhas, principalmente exigindo reduções significativas de cargas horárias.

E, neste momento de pandemia, em um dos momentos mais delicado para as instituições de ensino, a Pró-reitoria demorou para agir e os campi tiveram – cada a seu modo – que buscar uma solução para este momento.

Há muito mais para destacar no diagnóstico do ensino do ifsp. por enquanto, eu gostaria de chamar a atenção para esses exemplos. se você tiver outros destaques, eu gostaria de conhecer. Eu espero sua mensagem ou o seu comentário.

Conto com você. Forte abraço.

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